O problema de ser esquisita, é que em todo o lugar que
eu vá, sempre irão me olhar como se eu fosse de outro planeta.Mas não nasci
para agradar ninguém.E prefiro ser estranha e excluída ao ser falsa
fingir ser quem eu não sou.E para ser bem sincera, sinto nojo das pessoas,
vejo em seus olhos a maldade e o ódio.
Sinto pena dessas que se "acham" perfeitas, mau
elas sabem que seus defeitos, são estampados em suas atitudes.E os meus exatos
14 anos, foram uma merda, pra piorar meu pai havia traído minha mãe a
umas duas noites atras.Ela resolveu se mudar, pra um bairro totalmente
estranho, a casa então, era feia.
Estávamos a caminho desta "tal" casa.E como sempre
meu pai nos acompanhava, e seu dilema era sempre o mesmo " eu só quero o
melhor pra vocês " e blá blá blá.O lugar era horrível, não era
aquelas casas velhas, como mostra em filmes de terror, mais era bem grande ela
parecia ser assombrada, não que eu tivesse medo, só não gostei.Minha mãe não
calava a boca, só abobrinha, desci do carro, tirei meus fones, olhei em volta,
havia muito mato.Uma velha feia, e brega vinha em nossa direção, acho que deve
ser a "governanta" desse lugar.o Piso da casa vazia uns barulhos
estranhos, Hanrry soltou a mão da minha mãe e veio em minha
direção.O peguei no colo, ele apontava o dedinho para uma porta velha.Tentei
o distrair mostrando a ele alguns quadros, o que não foi difícil.Meu
olhar estava fixado em um dos quadros, mas automaticamente me virei
olhando para traz de onde vinha uma voz rouca.E gentilmente e disse a
velha:
XxX: Mandou me chamar Sr. Beth
Sr.: Sim, quero que conheça os novos compradores da casa
Lilian: er desculpa interromper, mas ainda não sabemos
se vamos compra-lá
Carlos: só estamos olhando por enquanto
Sr.: venham, quero lhes mostrar os cômodos
Acompanhamos aquela velha, até os quartos, é a casa é
ajeitadinha.E por um minuto percebi que aquele garoto, não estava mas ali.Ele é
bem estranho.Já estávamos de saída, e a velha não parava de bajular meus
pais.
Carlos: não sei se ... - o interrompe -
Você: vamos ficar com ela - olha fixamente para a
velha -
- Dias Depois -
Ainda desencaixotando as coisas, olhava pela janela, aquele
bairro era assustador.Mais era o lugar perfeito pra min.Talvez aqui as pessoas
não precisassem zombar , escondido de tudo.Hanrry brincava com os dedos, e ria
sozinho.Depois de organizar toda a bagunça, o peguei no colo e desci as
escadas.O coloquei na cadeirinha peguei uma colher bem cheia de cereal
coloquei a na boca peguei minha bolsa que se encontrava em cima da
mesa.Estava de saída quando ouço minha mãe me chamar.Eu mereço .i.!
Lilian: vai sair sem me dar um beijo
Você: manhê não começa
Carlos: Viollet sem grosserias
Você: - da um beijo no rosto dela - tchau
E novamente "a estranha da escola" me olhavam, e
mesmo assim tentava ignorar, talvez fosse o cigarro que que fumava chamasse a
atenção, mais foda-se a boca é minha e a saúde é minha eu faço o que quiser de
min.Eu passava pelos corredores calmamente, de cabeça erguida.
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E horrível como sempre, peguei minha bolsa, e fui
saindo, e sem perceber esbarrei em uma menina
Eu a olhava enquanto ela gritava, menina estérica
u.u, acho que esse vexame era só pra chamar a atenção.
Por alguns segundos parei de escutar ao que a garota
"dizia" e vi um garoto muito estranho, que por sinal era o mesmo que
havia entrado na casa no dia da compra, ele passava pelos corredores da
saída, e era realmente estranho, mais acho que seja isso que me chamou a
atenção, ele usava uma roupa preta e um desenho de caveira no rosto.Seu pescoço
tatuado com desenhos também preto.Fixei meu olhar nele, até perceber que ele
também me olhava.
Ele passou por min, balançou sua cabeça, seguindo meu olhar para a saída da escola.Nem ao menos parou, e foi indo embora.
Empurrei a garota, peguei minha bolsa que havia caído no
chão.E fui saindo também.Segui meu olhar para todo quanto mais o garoto havia
sumido.Coloquei meus óculos escuros, fui caminhando pra casa.
Quando cheguei em frente a ela fixei diretamente a janela do
segundo andar, onde aquele mesmo menino se encontrava conversando com meu
pai.Ignorei, balancei a cabeça negativamente, abri a porta, e Hanrry vinha
correndo,ou o que eu diria de cambaleando.O peguei no colo. Joguei a bolsa num
canto e fui até a cozinha.
Você: quem é aquele garoto que está lá em cima com Carlos?
Lilian: que garoto? não vi ninguém entrar
Você: uau! estranhos agora têm liberdade aqui dentro
Lilian: deve ser só mais um paciente.
Você: psicanalista - ri sarcasticamente
-
Coloquei Hannry no chão, onde ele brincava com alguns
brinquedos, subi até o quarto onde eles conversavam.
Fiquei escutando da porta, mais não consegui intender nada.O
papo deles era muito estanho.Voltei para a cozinha.E fiquei ouvindo minha mãe
falar enquanto pensava no garoto, estranho.
Carlos: matava? qual o motivo você usava para fazer isso?
Justin: acho que as pessoas são infelizes, e matando as era
o único jeito de leva-las para um lugar melhor
Carlos: não posso discordar do seu proposito, mas acho que o
que fez foi errado
Justin: acha que sou louco?
Carlos: não, só precisa de compreensão.Toma remédios?
Justin: não, tenho medo de que ele não funcione na cama
- olha para seu membro -
Carlos: - ri - mesmo assim, acho que não precise de
remédios, mais escute - chega perto dele - aprenda a pensar antes de
agir, é só uma dica
Justin: pensarei
Carlos: já teve problema com as pessoas?
Justin: sim,ainda me lembro de tudo
Meus braços doíam , durante 14 anos, aguentei
zombaria e desprezo das pessoas, aquilo era mais forte que eu
olhava meus pulsos sangrarem, chegava a me ver como um
monstro, um nada.Onde eu nunca darei orgulho a ninguém.Olhei para trás
assustada, o tal garoto se escorava na porta.
Você: como entrou aqui?
Justin: vai se cortar ... pelo menos fecha
a porta - diz ele saindo -
Limpei meus pulsos rapidamente, e fui atras dele, e
novamente ele havia sumido.
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O seu já estava escurecendo, levantei da cama, fui até a
janela.Vi aquele garoto sentado em um dos bancos sozinhos.O ignorei, desci,
todos sentados na mesa.Coloquei minha comida e fui pra sala.
Continua :)
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